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Primeiramente gostaria de agradecer a você leitor, que veio aqui prestigiar o espaço. A idéia desse blog é poder compartilhar informações e expressar opiniões relativas ao Carolina Panthers. Nesse espaço você encontrar notícias atualizadas sobre a equipe da Carolina do Norte, seja durante a temporada, ou na off season. Poderá também interagir com o espaço, deixando suas opiniões, críticas e sugestões.

Feita a introdução, vou contar um pouco sobre a minha relação com a NFL e conseqüentemente minha história com o Carolina Panthers. Nascido em 1982, o esporte norte americano me chamou a atenção pela primeira vez aos 13 anos. Obviamente que naquela idade e com todas dificuldades de se conseguir informações (visto que a Internet ainda era uma idéia “fictícia”)essa curiosidade gerada na minha pessoa, foi mais pelo fato de ser um amante de esportes em geral do que pelo fato de conhecer o futebol americano. Sim já havia ouvido falar, porém nunca havia visto e nem demonstrado interesse. Na época citada, a Rede Bandeirantes cobria o esporte americano, principalmente a NBA, e eu adorava. Como telespectador assíduo do canal mencionado, fiquei intrigado pela propaganda feita para transmissão do Super Bowl entre San Diego Chargers x San Francisco 49ers e decidi arriscar. Em um mundo coorporativo, onde a palavra “risco” e “investimento” está implícita no nosso dia a dia, faço uma paradoxo e digo que, arriscar assistir ao Super Bowl, foi um grande investimento que fiz. Confesso que não entendi quase nada e que o jogo foi sem emoção (49ers deu um bailes nos Chargers), porém assistir essa partida me aguçou em conhecer mais do esporte. Nos 2 anos subseqüentes o maior canal de comunicação que eu continuava a ter era a Rede Bandeirantes de Televisão, ao qual me agarrei e comecei a entender sobre o jogo. Soma-se a isso o ano de 1996, ao qual fui para os Estados Unidos com a minha família. Lá comprei revistas, flâmulas, adesivos e camisetas de diversos times. O critério adotado? A beleza do distintivo. Não tinha um time e ver tudo aquilo na minha frente, o que até o momento eu via apenas na Televisão, me causou um alvoroço, natural de adolescente. Posso dizer que essa viagem foi o ponto de partida que faltava para transformar o interesse pelo esporte em inicio de uma paixão. A partir de 1996 também começamos a ter uma inclusão digital que possibilitada tirar uma informação ou outra sobre a NFL pelo computador. Eu era solitário ainda, não tinha grupos de conversa e muito menos amigos que acompanhassem e esporte. Time? Não. Meu encantamento pelo esporte me despertava um interesse maior em saber mais sobre tudo que cerca a NFL ao invés de escolher e acompanhar um time. Tinha minhas simpatias sim, por New York Giants e Detroit Lions, mas nada além disso. Até 1997...

Em 1997 a TV passava não só Super Bowl como também os playoffs, e o conhecimento de minha parte pelo esporte era muito maior. Fui viajar novamente, dessa vez na época dos playoffs. Assistir o noticiário da ESPN era o ápice para mim! Ficava fascinado. No Final de Semana em que estava em viagem (Janeiro de 1997), seriam jogadas as finais de Conferência da Temporada 96/97. De um lado Green Bay Packers x Carolina Panthers. Do outro Jacksonville Jaguars x New England Patriots. Acompanhei ambas as partidas, cada uma de forma diferente. Pats x Jaguars vi na TV. Fiquei no hotel enquanto minha família saiu pois queria ver a partida. O outro jogo não acompanhei na TV pois estamos em movimentação de uma cidade para outra e a minha opção era ouvir na Rádio. Foi algo fascinante. Como apaixonado pelo Futebol Nacional, passei muitos Domingos na casa dos meus avós ouvindo jogos do Santos Futebol Clube na rádio. Na época não existia PPV, Jogos Domingo a tarde na TV erão um sonho distante e o Rádio, era a única opção. Muito provavelmente esse meu fascínio pela transmissão via rádio juntada ao fato de ser a primeira vez que ouvia um jogo de futebol americano nesse método, foi algo totalmente diferente e inesquecível. Mas e aonde entra o Panthers na história? É natural do ser humano sempre simpatizar com o time mais fraco (desde que o seu próprio time não seja o adversário) e nesse cenário escolhi o Panthers para torcer, contra o todo poderoso e tradicional Packers. Torci de verdade, mas infelizmente não deu. Packers levou e foi ao Super Bowl. Porém a partir daquele dia eu adotei o Panthers não como time, mais sim como mais um a simpatizar.

Passaram-se 6 anos. Nesse meio tempo continuei a acompanhar de perto o esporte. Vi John Elway sagrar-se Bi Campeão da NFL. Assisti Titans e Rams disputarem o Super Bowl mais emocionante que eu havia acompanhado até então, com a decisão ficando por uma jarda no último segundo. Tive a oportunidade de assistir ao Super Bowl entre Rams x Patriots, jogado em Fevereiro de 2002, em um um bar local na cidade de Los Angeles. Haviam muitos torcedores do Rams e foi uma experiência única. Assisti ainda Lions e Panthers, times ao qual eu simpatizava, serem saco de pancadas e o Giants, outro time ao qual simpatizava, perder um Super Bowl para os Ravens. ontinuei me apaixonando cada vez pelo esporte, mas faltava algo que me fizesse virar um torcedor não só da NFL, mas de uma franquia também. E esse “algo” chegou, em 2003...

Na época minha irmã se inscreveu em um curso de intercâmbio e foi selecionada para estudar na cidade de Charlotte. A principio achei legal, pois ela iria para uma cidade com um time da NFL. Obviamente fiz minhas encomendas. rs! Ele chegou lá em Julho de 2003 e por uma enorme coincidência (ou sorte) seus “host parents” eram apaixonados por NFL, especialmente o Gary, que tinha cadeira no Erickson Stadium (nome antigo do Bank Of America Stadium) e não perdia um jogo. Não bastasse isso, ele já havia acompanhado “in loco” 3 Super Bowls e era um colecionador de tudo relacionado a NFL. Denver Broncos de coração, Gary aprendeu a amar os Panthers desde que chegaram a cidade em 1993. Minha irmã por óbvio contou sobre minha paixão pelo esporte. Eu as vezes ligava para falar com ela nos EUA e sempre conversava com o Gary sobre NFL, era algo fantástico! E foi em uma dessas ligações que fui pego de surpresa ao receber um convite para ir a Charlotte. Era Natal e liguei para falar com a minha irmã e com os “pais” dela. Ao final das felicitações, Gary me disse “Quando você vem nos visitar?”. Eu ri e falei: “Um dia quem sabe”. Gary me respondeu falando “Adorariamos ter você conosco e com a sua irmã”. Eu ri novamente e agradeci. Desliguei o telefone e esqueci o assunto, que na verdade encarei como brincadeira. 2 dias depois toca o telefone em casa, era o Gary perguntando se eu queria passar o ano novo lá. Acho que ali minha ficha caiu, o convite era para valer mesmo. Agradeci e recusei no momento, pois confesso que não tinha outras palavras. Algumas horas depois liguei e falei com a minha irmã. Perguntei o que ela achava. De imediato ela respondeu que o pessoal estava realmente querendo me receber lá. Disseram que de vários estudantes que eles haviam recebido, nunca tinha havido nenhum ao qual eles tivessem uma interação com irmãos ou pais com tinham tido comigo. Foi então que decidi analisar a possibilidade de ir.

Verifiquei meu programa de milhagem, na época na Varig, e vi que poderia emitir bilhetes aéreos para voar em Janeiro. Liguei, conversei novamente com minha irmã e decide embarcar nesse convite único. Fui para Charlotte, passar 3 semanas (que viraram 4) juntamente com minha irmã, Gary, Glenda e Montana. Junto a tudo isso, fui na época em que começavam os playoffs da Temporada 2003. Panthers tinha um timaço. Mike Rucker, Sthepen Davis, Steve Smith, Julis Peppers, Mike Minter, Muhsin Muhammad, Dan Morgan, entre outros. Cheguei em Charlotte 3 dias antes do Wild Card entre Panthers e Cowboys. Fui na expectativa de acompanhar mais uma partida de NFL, dessa vez em um cenário diferente, dentro de uma casa familiar norte americana. Sonho meu.... Na primeira noite, enquanto jantávamos, Gary coloca na mesa 2 tickets para assistir o jogo ao vivo no estádio. Demorei uns segundos para acreditar, mais puta que pariu, como fiquei feliz. Na verdade fiquei até sem jeito. Estava na casa de alguém sem pagar nada, e ainda recebia um presente desses. Foi fantástico. Gary e Glenda me receberam como pais, e eu sou eternamente grato a eles pelo modo que trataram a minha irmã durante 1 ano e meio. Ganhei 2 pessoas que considero como família.

Fui ao jogo. A atmosfera que cercava um jogo da NFL, a expectativa, o estádio, a cidade, o clima. Quando coloquei os pés no Erickson Stadium o Carolina Panthers havia acabado de ganhar mais um torcedor. Fanático e apaixonado! Panthers venceu o jogo e foi para o Divisional, enfrentar os Rams. O jogo em St Louis foi o mais emocionante que eu acompanhei, mas essa história fica para outra postagem. Rams para trás, veio a Final de Conferência, em Philadelphia contra os Eagles. Panthers vencem e vão ao Super Bowl. Presenciei em Charlotte uma festa maravilhosa. Acompanhei a parada dos jogadores pelas ruas, participei da festa, divida a alegria e fui contagiado pelo clima. Perdemos o Super Bowl é verdade (já estava no Brasil) mas nada que apagasse as 4 semanas maravilhosas e essa nova paixão que nascerá dentro de mim.

De 2003 para frente a NFL passou a ser um esporte adorado e o Carolina Panthers a verdadeira paixão! Já tive a oportunidade de ser matéria no site do Panthers e assistir a outras partidas da equipe, sendo a última em 2008 no Sunday Night Football no Giants Stadium em NY, loucuras essas, apoiadas na minha paixão!